11.5.17

Já pariste? Perguntam vocês.


Comecemos por responder à mais frequente das questões. Sim, continuo a usar saltos. E, podendo, tenciono fazê-lo até ao fim. A minha barriga, muito embora não denuncie imediatamente a gestação, já é grande o suficiente para ocultar outras partes do meu corpo e como tal sinto-me redonda que é como quem diz, gorda. Já cá cantam seis quilos a mais às 20 semanas. Boas notícias senhores, boas notícias. Seria épico na outra metade que falta acrescentar apenas outros tantos. A ver vamos.
Por estes dias sinto-me uma adolescente. Sem o rabo duro, sem as mamas espetadas e sem a ilusão que posso mudar o mundo. Se pudesse, aliás, circunscrevia o meu mundo aos 20 m2 do meu quarto e a única coisa que mudaria, enquanto aviava sacos de amendoins, era o canal da televisão.
Choro ao ver os peregrinos chegarem a Fátima. Choro ao ver cantar o Salvador. Choro a ver o Marley e eu. Esta merda não é normal.
Por outro lado, são cada vez mais frequentes e perceptíveis os movimentos da pequena criatura que engoli. Gosto de pensar que este ser é um guerreiro - receei muito perde-lo nos primeiros três meses da gravidez...ainda receio - que vai ser abençoado com o melhor da mãe e do pai. E que carrego em mim alguém muito especial.
A Constança está solidariamente grávida. Inclui o bebé em cada desenho, adormece a acariciar-me a barriga e já o toma como uma pessoa. Pergunta-me se já sabe as letras e a cidade onde vivemos. Explico-lhe que teremos de lhe ensinar tudo.
A Victória começa a aperceber-se que vai ganhar um irmão e a alegria que isso representa. E a Carolina sente ciúmes. Não conseguiu ainda descortinar qual o seu papel nesta hierarquia fraterna.
A barriga começou a pesar e está cada vez mais difícil usar jeans. É bom que o sol brilhe.

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